7. O Islam é uma religião universal

O Islam convida toda a humanidade e os jinns.[1] Qualquer um, independente da raça, cor da pele, gênero ou origem nacional pode se tornar um muçulmano. O Islam classifica a humanidade de acordo com as suas responsabilidades e direitos e isto admite que apenas duas nacionalidades humanas existem: os fiéis e os infiéis.[2]

Não é de nenhum modo lógico que um sistema enviado Por Deus – Quem a misericórdia abrange toda a criação – para a felicidade e salvação da humanidade, possa ser atribuído a um punhado de pessoas, enquanto todos os outros são deixados sem estas recompensas. Tal situação contrasta com a Rahman e Raheem que são atributos de Allah.[3] O Mensageiro de Deus (s.a.a.s) disse:

Allah Todo-Poderoso tem misericórdia de quem tem misericórdia. Mostre misericórdia a aqueles na terra para que no paraíso você receba a misericórdia.” (Abu Dawud, Adab, 58/4941; Tirmizi, Birr 16/1924; Ahmad bin Hanbal, II, 160)

Este hadice não implica uma raça particular. Também não implica “apenas para muçulmanos”. Esta ordem é para que sejamos misericordiosos para com toda a humanidade, com os animais e com as plantas e arvores.

No Nobre Quran, isto é expresso que Nosso Profeta foi enviado para convidar todos os seres humanos da seguinte forma:

Ó humanos, sou o Mensageiro de Allah, para todos vós; Seu é o reino dos céus e da terra…” (Al-Araf (Os cimos) 7:158)

“(Ó Muhammed) Nós não lhe enviamos senão como misericórdia para todas as criaturas.” (Al-Anbiya (Os Profetas) 21:107)

Por esta razão, o Mensageiro de Allah (as bênçãos e que a paz esteja com ele) convidou não só os árabes ao Islam, mas também bizantinos (romanos do oriente),etíopes, egípcios e outros, enviando representantes e cartas para os imperadores e reis em seu tempo.[4]

Além disso, o Islam compreende todo o tempo e espaço. Ele não se limita a uma determinada época e local. Hoje, é possível ver os muçulmanos vindos de todas as partes do mundo e de todas as nações, especialmente durante a época do Hajj, todos se reunindo e adorando Allah, o Deus único, ao redor da Kaaba, como Allah ordenou – uma admirável comunidade islâmica e fraternidade.

O Islam tem uma estrutura que é capaz de satisfazer todas as necessidades humanas. O Islam é um modo de vida e sistema de crença que abrange os direitos espirituais, físicas e sociais dos seres humanos; esclarece o significado da vida e da divindade, da morte, dos profetas, dos anjos,de  Satanás, do próximo mundo, das recompensa,da punição, do paraíso ou do inferno da  qual não há outra religião que possa fornecer tão convincente ou satisfatória explicação.

Para entender melhor esta situação, basta lembrar o seguinte: Alcorão satisfaz todas as necessidades dos muçulmanos como uma fonte de regras e decisões, desde os primeiros momentos em que as pequenas comunidades islâmicas foram formadas por pessoas oprimidas, a época em que a nação islâmica estabeleceu a hegemonia do Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico e tornou-se o mais magnífico Estado de seu tempo. Como tal, esta comunidade tinha encontrado tudo relacionado ao seu credo e as outras crenças, os tipos de adoração, a vida social, as regras sociais, e outras necessidades presentes neste livro divino, o Alcorão.[5]



[1].      O Islam reconhece a existência dessas criaturas e que elas possuem o livre arbítrio. Nota do tradutor da edição em língua inglesa.

 

[2].      Todas as pessoas são da nação do profeta de seu tempo. Todas as pessoas que nasceram depois de Muhammed havia sido enviado como um profeta passam a ser considerados como parte de sua nação. No entanto, enquanto alguns acreditam em sua missão profética, outros a negam.

 

[3].      Rahman é interpretada como toda a misericórdia que Allah possui e que atinge todas as criaturas do universo, enquanto Raheem é interpretada como uma misericórdia de Allah apenas para os crentes na próxima vida.

 

[4].      Embora os textos dessas cartas estão disponíveis, os originais de alguns deles pode ser vistos em Istambul, no Museu do Palacio Topkapi. Acesse: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Muhammad_letter_muqawqis.jpg

 

[5].      M. Hamidullah, Kur’ân-ı Kerîm Tarihi (The History of the Noble Quran) (Introduction Section of Le Saint Coran), p. 23.

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