O Mensageiro de Allah (que a paz e as bênçãos estejam com ele) agraciou o nosso mundo na Honorável cidade de Meca no ano de 571da era comum, na décima segunda manhã do calendário islâmico lunar do mês de Rabiulawwal, numa segunda-feira que coincide com o dia 20 de abril. Ele descende da mais honorável família da tribo dos Kuraish, pelos dois lados, tanto de pai quanto de mãe.
A infância e a juventude do Mensageiro de Allah (que a paz e as bênçãos estejam com ele) em pureza e pureza e altivez que refletia as qualificações para um futuro brilhante. Ele se dedicou ao pastoreiro por um tempo, até que acabou se envolvendo com o comércio.[1] Ele se tornou famoso devido a sua honestidade e justiça no comércio fazendo com que logo se torna-se respeitado e estimado.
O Mensageiro de Allah (que a paz e as bençãos estejam com ele) foi o melhor da sua nação em termos de virtuosidade, o mais honoravel em termos de ancestralidade e o mais elevado em termos de moral. Ele foi um dos que mais respeitou os direitos dos vizinhos, o mais gentil e leal, sobretudo em confiabilidade e credibilidade e ele se manteve longe más ações e atos que pudessem prejudicar as pessoas. Nunca foi visto condenar ou reprovar alguém ou que tenha discutido com alguém. Isso porque Allah, o Todo-Poderoso aglutinou todos os elevados méritos e caracteristicas na pessoa de Muhammad, sua tribo costumava chama-lo de “Muhammad al-Amin”, que Significa Muhammad o Confiável.
Desde então seu apelido passou a ser o Confiável, ele passou 25 anos em Meca e foi sempre chamado de “Al-Amin” (O Confiável).[2] Mesmo mais tarde, os pagãos costumavam confiar seus bens a ele do que aos seus partidarios.
Quando a Kaaba foi restaurada havia discordancia entre o povo sobre quem deveria receber a honra de recolocar a al-Hajar-ul-Aswad (A Pedra Negra que fica na Kaaba) em seu lugar. Eles elegeram o nosso mestre, o Profeta como seu árbitro, e ele impediu uma grande guerra com uma solução engenhosa ao propor que se nomea-se um representante de cada tribo para segurar cada cantode um pano no centro da qual a Pedra Negra foi colocada e elevá-la, ao quando chegaram na Kaaba ele mesmo a tomou e colocou-a com suas nobres mãos.[3]
Quando o Mensageiro de Allah (que a paz e as bênçãos estejam com ele) completou 25 anos, uma nobre e honrosa senhora de Meca, chamada Khadija, que admirava sua honestidade, lhe propôs casamento. Ela era 15 anos mais velha que o nosso mestre o Profeta e era viúva com filhos. O Profeta (que a paz e as bênçãos estejam com ele) aceitou a sua proposta de casamento e estabeleceu com ela uma extremamente pura e serena família, em um lar abençoado que se tornou exemplo para a humanidade. Os primeiros vinte e quatro anos de casamento coincidem com a sua juventude e energia passada somente com sua esposa Khadija (que Allah esteja satisfeito com ela). Da mesma forma, quando Khadija faleceu, ele passou os subseqüentes cinco anos somente com Sawda a mãe dos crentes, que também era uma mulher viúva. Todos os seus outros casamentos foram questões caritativas ou de alianças políticas. Se fosse verdade, como certas insinuações reivindicam, que a razão para esses casamentos foram a luxúria, o Mensageiro de Allah (que a paz e as estejam bênçãos com ele) não teria passado a sua juventude o período mais enérgico da vida de um homem com uma viúva que tinha filhos e era 15 anos mais velha que ele.[4]
[1]. Bukhari, Icâre, 2; Abû Dâwud, Edeb, 17, 82; Hâkim, III, 200.
[2]. Ibn-i Hişâm, I, 191; Ibn-i Sa’d, I, 121, 156.
[3]. 120. Ibn-i Hişâm, I, 209-214; Abdürrezzâk, V, 319.
[4]. Para detalhes da sabedoria de Nosso Mestre o Profeta em seus casamentos ver: Osman Nuri TOPBAŞ, Hazret-i Muhammed Mustafâ, Istanbul 2008, I, 130-140.